Relatório apresenta tendências da cafeicultura no mundo

12795285_1675666622687584_7352038568634063280_nA primeira edição de 2016 do Relatório Internacional de Tendências do Café do Centro de Inteligência em Mercados (CIM), da Universidade Federal de Lavras (UFLA), traz como destaques: o aumento da produção mundial de café robusta, o crescimento do consumo de cafés em cápsula no Brasil, a instalação de novas fábricas no país e os resultados da pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) sobre o mercado brasileiro de café.

“Ao longo da história da produção comercial de café, a espécie Coffea arabica sempre foi a mais cultivada. A bebida obtida a partir dos grãos dessa espécie é, de maneira geral, de qualidade superior àquela obtida a partir dos grãos de Coffea canephora. No entanto, dados compilados e analisados pelo Bureau de Inteligência Competitiva do Café para o projeto Campo Futuro mostram uma tendência de participação cada vez maior dos grãos de C. canephora no total mundial”, aponta o relatório.

Os pesquisadores do Bureau de Inteligência Competitiva do Café destacam o crescimento do consumo de cápsulas no Brasil e apontam o aparecimento de outras concorrentes para as marcas atuais. O crescimento deste consumo é acompanhado pelo aumento das preocupações sobre a sustentabilidade das cápsulas que, até o momento, não possuem métodos de reciclagem difundidos.

O documento também apresenta as diferentes formas de se oferecer café, por parte das cafeterias, indústrias e demais estabelecimentos. “Diante desta grande variedade oferecida ao consumidor, cabe às empresas trabalharem alternativas, como o oferecimento de grãos certificados e de produtos sustentáveis, para gerar uma diferenciação dos seus produtos e conquistar a fidelização dos seus clientes”, ressalta o relatório.

Bureau de Inteligência Competitiva

Sediado na Agência de Inovação do Café (InovaCafé), o projeto busca oferecer informações e análises relevantes para o setor cafeeiro através do desenvolvimento do Relatório Internacional de Tendências do Café – que já se encontra em seu quinto ano de edição e conta com publicações mensais sobre análises do mercado de café a nível internacional.

“As informações apresentadas nos relatórios são um compilado das notícias mais importantes do cenário cafeeiro mundial. A partir destas notícias são realizadas análises pelos pesquisadores do Bureau e apresentadas as tendências identificadas a partir dos dados coletados”, explica a pesquisadora do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, Angélica Azevedo.

Confira o Relatório Internacional de Tendências v.5 n.1, clique aqui!

Vanessa Trevisan – assessora de Comunicação da InovaCafé

Café Solidário recebe alunos da APAE na InovaCafé

Com a intenção de tirar as crianças e adolescentes do ambiente comum e promover maior interação entre os estudantes e a universidade, o Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf), em parceria com a Agência de Inovação do Café (InovaCafé) e o Núcleo de Estudos em Qualidade, Industrialização e Consumo do Café (QI Café), promoveu nesta quarta-feira (24), o I Café Solidário que contou com a participação dos aprendizes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Lavras.

Fazendo parte do projeto “Ação Social Necaf,” que tem como objetivo contribuir com o desenvolvimento de crianças e adolescentes que dependem de alguma instituição ou fundação e que já vendo realizando doações de materiais de maior necessidade a APAE e demais instituições do município, os membros do Necaf decidiram ir além, promovendo o I Café Solidário que trouxe os alunos para conhecer a estrutura da InovaCafé.

Os aprendizes participaram de uma dinâmica para sentir o cheiro e a textura do grão, conheceram o processo de classificação do café, processo de torra e moagem do grão, aprenderam a preparar um autêntico cappuccino e finalizaram o passeio com um delicioso café da tarde.

“Essa ação é muito importante, pois promove uma integração dos nossos aprendizes do curso profissionalizante com a sociedade. A partir desse encontro, os nossos estudantes estarão compartilhando essa experiência com os colegas e isso vai gerar muita expectativa para as próximas edições. Agradecemos ao Necaf pela dedicação e parceria”, comenta a gerente de Captação, Suprimentos e Patrimônio da APAE, Holegma Maria Lima Nunes.

“O Necaf vem atuando há mais de 20 anos e formando estudantes de todo o país. A princípio, ele objetiva o ensino, a pesquisa e a extensão em cafeicultura, mas existe também uma preocupação com o âmbito social, que partiu dos próprios alunos, de ter um maior envolvimento com a sociedade. A ação de hoje possibilita que os aprendizes tenham mais contato com a cultura do café através de atividades recreativas, mas também instrutivas com relação ao produto”, explica o professor tutor do Necaf, Rubens José Guimarães.

“Esse é o nosso primeiro Café Solidário e acreditamos que cumprimos com o nosso objetivo, que é estreitar essa relação e aproximar o café das pessoas. Hoje os aprendizes viram o grão de café pequeno, ainda verde; acompanharam todas as etapas de produção para entender como o produto chega até a casa deles; experimentaram um café especial sem açúcar e o cappuccino; aprenderam sobre as diversas formas de fazer café; e finalizaram a visita personalizando uma caixinha com grãos de café. Como eles fazem parte da turma do curso de artesanato, essa atividade visou estimular a criatividade dos aprendizes”, destacou a secretária e tesoureira do Necaf, Larissa Cocato.

Para Ezequiel, aprendiz da APAE, ele adorou personalizar a sua caixinha e disse que “o café é bom e gostoso e que adorou conhecer os projetos da UFLA”.

Vanessa Trevisan (Assessora de Comunicação InovaCafé) e Gabriela Rodrigues (bolsista da Rede Social do Café/Consórcio Pesquisa Café)

 

CIM/UFLA e CNA desenvolvem estudo sobre o mercado florestal de produtos não madeireiros

Com o apoio do Centro de Inteligência em Mercados (CIM/UFLA), um questionário será submetido aos produtores rurais – e os resultados poderão contribuir para a formulação de políticas públicas para o setor

Durante a 34ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Borracha Natural, realizada na quinta-feira (18/2), na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Ma), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou o desenvolvimento do estudo sobre o mercado florestal de produtos não madeireiros, que tem como objetivo o levantamento de informações estratégicas do setor.

Os resultados obtidos com a pesquisa vão servir de subsídio para a formulação de propostas de inclusão das demandas dos segmentos de seringueira (borracha natural), pínus (resina) e acácia-negra (tanino), no Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas, do MAPA. De acordo com a assessora técnica da Comissão Nacional de Silvicultura e Agrossilvicultura da CNA, Camila Soares Braga, o Plano Nacional deve incluir estratégias para impulsionar o desenvolvimento do setor de produtos não madeireiros. “Nosso objetivo é recolher o máximo de informação possível para mostrar ao Ministério que esse setor é significativo para o país”, afirmou a assessora.

Com o apoio do CIM/UFLA, um questionário será disponibilizado às principais instituições ligadas à produção silvicultural não madeireira, a exemplo da borracha natural, resina, tanino e látex. Entre as perguntas que compõem o documento, estão o principal destino dos produtos, organização dos produtores, seguro rural e mão de obra. “É um questionário para identificar o nível de importância e satisfação do setor florestal em cada tema abordado”, explica Camila.

O coordenador de pesquisas e serviços em gestão do CIM/UFLA, Diego Humberto de Oliveira, explica que “o CIM já participa no desenvolvimento de alguns trabalhos no setor florestal. Além dos ganhos para o ensino, pesquisa e extensão na UFLA nesse segmento, com a possibilidade de inserção de estudos econômico-financeiros e de política agrícola, em âmbito nacional, especialmente por meio do MAPA, essa nova pesquisa fortalecerá nossa multidisciplinaridade. Acreditamos que essa diversificação de segmentos é extremamente importante para continuarmos desenvolvendo projetos relevantes para a agronegócio no Brasil”, ressaltou o coordenador.

Atualmente, oito estudantes de Engenharia Florestal da UFLA compõem a equipe de pesquisas em gestão estratégica e inteligência competitiva do CIM.

Reunião ordinária

A Câmara Setorial também discutiu a necessidade de atualização da Norma Reguladora 31, do Ministério do Trabalho e Emprego, que estabelece as normas de segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura. A CNA pretende propor a revisão do texto ainda este ano, buscando melhor adequação da norma às rotinas de trabalho na área rural. A rigidez da norma em vigência vem causando preocupação do setor, devido à dificuldade no cumprimento de todos os seus itens. “A CNA participa ativamente das discussões sobre essa pauta e está preocupada com a situação dos agricultores e pecuaristas que vêm sofrendo com fiscalizações do Ministério do Trabalho e Previdência Social”, disse o assessor jurídico da CNA, Eduardo Queiroz.

Além dos representantes da Embrapa, MAPA e de associações, participaram da reunião José Manoel Monteiro de Castro, da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes), e o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) e presidente do Sindicato Rural de Parapuã, José João Auad Junior.

Vanessa Trevisan (Assessora de Comunicação InovaCafé), com Assessoria de Comunicação CNA.

 

Análise sobre o mercado de cafés certificados e sustentáveis no Brasil é tema de tese da UFLA

cafe4As práticas e os arranjos que são utilizados na construção do mercado de cafés certificados e sustentáveis da Utz Certified no Brasil foram tema de tese defendida na Universidade Federal de Lavras (UFLA), referência em pesquisa sobre o sistema agroindustrial do café. O estudo foi realizado por Paulo Henrique Leme, no Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA), hoje professor do Departamento de Administração e Economia (DAE/UFLA).

“O estudo foi pioneiro ao utilizar o arcabouço teórico da Teoria Ator Rede (TAR) e dos Estudos de Mercado Construtivistas (EMC) para analisar como as práticas de mercado interagiram na construção de arranjos de mercado ao longo do processo de desenvolvimento do mercado da Utz Certified no Brasil. Esta interação de práticas-arranjos-translações em um processo de “marketização” forma o cerne teórico dos EMC”, explica Leme, que é atualmente professor do DAE/UFLA nas áreas de Empreendedorismo, Marketing e Agronegócio.

Por meio da reconstrução histórica da certificação e da análise dos contextos de mercado, e também a partir dos depoimentos dos atores locais responsáveis pela organização da Utz no Brasil, a pesquisa identificou as principais práticas de mercado adotadas pelos atores envolvidos na organização e o desenho deste mercado.

“O papel de práticas de construção de mercado como importantes instâncias mediadoras para a construção de arranjos de mercado e para a modificação e a consolidação de práticas de representação, normativas e de transação, destacou-se no estudo, sendo que as práticas de construção e de mercado mostraram como interagem em um processo temporal e longitudinal na ocorrência de translações, que provocam transbordamentos de mercado, com consequentes enquadramentos de mercado mediados por novas práticas de construção e de mercado em um processo contínuo. Esta seria a essência da estrutura analítica proposta”, ressaltou o autor.

Como resultado prático da tese é possível que a estrutura analítica seja utilizada no estudo de outras certificações do café, como no caso do Fair Trade, da Rainforest Alliance, do Certifica Minas Café e até mesmo de sistemas de verificação, como o 4C.

Para o autor, “a comparação entre estas estruturas de mercado pode trazer contribuições relevantes tanto para a teoria dos EMC quanto para a prática dos atores nestes mercados. Ela pode ser utilizada na análise de outros mercados de produtos certificados, chamando a atenção para os processos e para os atores, e deixando os resultados, ou as análises de impacto, como consequência de um sistema coordenado. Sugere-se, então, sua aplicação também nas culturas do cacau e do chá, em que a Utz Certified também tem forte atuação e, mesmo, em outras cadeias que envolvam produtos que possuem valor agregado por atributos de qualidade, como no caso das frutas e flores.”

CERTIFICAÇÕES

As certificações sustentáveis são, hoje, uma realidade no agronegócio café global e o Brasil tem papel de destaque neste contexto. O país participa neste mercado como maior produtor e exportador do grão. Em 2015, foram produzidas 43,24 milhões de sacas de 60 kg (CONAB, 2015) e o país também registrou volume recorde embarcado de 36,89 milhões sacas, 1,3% superior a 2014, com receita cambial de US$ 6,135 bilhões (CECAFÉ, 2016). No agronegócio, que representou 46% de participação nos embarques totais do Brasil em 2015, o café obteve um desempenho 2,9% superior de seu percentual de participação em comparação a 2014, passando de 6,8% para 7,0% (CECAFÉ, 2016).

Outro destaque fica para os dados compilados de exportação de cafés diferenciados, chegando à marca de 9,072 milhões de sacas no ano de 2015, segundo o Conselho dos Exportadores de Café (CECAFÉ). De acordo com o autor: “A cafeicultura brasileira, por sua dinâmica competitiva e tecnológica, é a única capaz de suprir o mercado global de cafés sustentáveis em um curto período de tempo. Por esta razão, o tema das certificações sustentáveis deve ser debatido com todos os atores do agronegócio café no Brasil.”

A pesquisa contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), da Agência de Inovação do Café (InovaCafé) e Centro de Inteligência em Mercados (CIM) da UFLA.

Acesse a tese, clique aqui!

Texto: Vanessa Trevisan – Assessoria de Comunicação da Agência de Inovação do Café (Inovacafé)

Pesquisa que irá desenvolver modelo de gestão da InovaCafé recebe apoio da Fapemig

IMG_0012O projeto que vem sendo desenvolvido pelo doutorando em Administração da UFLA, Cássio Henrique Garcia Costa – “Modelo de Gestão Estratégica para a Agência de Inovação do Café: uma proposta de alinhamento do Balanced Scorecard à teoria da Tríplice Hélice” – foi aprovado pelo Edital Demanda Universal (01/2015) lançado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

O edital atendeu à orientação programática da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), observando as diretrizes políticas emanadas do Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia (Conecit) e de seu Conselho Curador, para financiamento de propostas para o desenvolvimento de projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação nas diversas áreas do conhecimento.

O diretor da Agência de Inovação do Café e orientador do doutorando, professor Luiz Gonzaga Castro Júnior, espera que o projeto promova o desenvolvimento teórico e prático sobre a gestão de arranjos Tríplice Hélice, contribuindo com o avanço da ciência e propiciando a aplicabilidade e replicação dos resultados.

“Quando concluído, o modelo de gestão estratégica conterá as diretrizes para que a InovaCafé promova, qualifique e organize suas competências e estrutura, e induza inovações para a cadeia agroindustrial do café. Busca-se também a promoção da cooperação para P&D, a gestão da propriedade intelectual, a qualificação continuada, o aperfeiçoamento de estudantes de graduação e de pós-graduação ligados ao café; cursos destinados a técnicos, cafeicultores e demais profissionais ligados ao setor”, explica Cássio.

A pesquisa será conduzida em três etapas: preparatória, exploratória e ação. Espera-se que desse projeto sejam geradas quatro publicações em periódicos de impacto. Serão duas revisões bibliográficas, sendo a primeira sobre a gestão estratégica de arranjos TH e a segunda descrevendo aspectos relacionados ao BSC e sua aplicação em organizações que buscam a inovação. A terceira publicação apresentará o planejamento estratégico da InovaCafé, e a quarta, o BSC aplicado à agência.

Texto: Vanessa Trevisan – Assessoria de Comunicação da Agência de Inovação do Café (Inovacafé)

CIM Tech marca presença na Campus Party Brasil

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Estudantes da UFLA – CIM Tech – participam da 9ª Campus Party

Os estudantes do curso de graduação em Sistemas de Informação da UFLA, Álvaro Cozadi, coordenador do CIM Tech, Augusto Soares, desenvolvedor Front End e Lucas Caixeta, desenvolvedor Mobile, participaram durante seis dias da Campus Party, encerrada neste domingo (31), em São Paulo/SP.

Em sua nona edição, o maior evento de tecnologia do mundo nas áreas de: Inovação, Criatividade, Ciência, Empreendedorismo e Entretenimento Digital reuniu um total de oito mil campuseiros vindos de 24 estados brasileiros e 18 países, como Estados Unidos, Colômbia, Uruguai e Chile.

CIM Tech

Voltado para a área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia, o CIM Tech é um projeto do Centro de Inteligência em Mercados (CIM) da UFLA que desenvolve sistemas e aplicações voltados para as áreas de atuação do CIM e demais interessados. O grupo trabalha com a implementação de softwares e ferramentas de gestão da informação utilizadas em projetos da UFLA e presta assessoria nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Cerca de dez estudantes de graduação e pós-graduação da UFLA fazem parte do projeto.

“O nosso objetivo no evento foi adquirir conhecimento através da participação durante as palestras sobre Desenvolvimento de Sistemas, Designer, Empreendedorismo, Inovação e Mercados. Com essa experiência vamos rever alguns processos realizados atualmente e aplicar todo o conhecimento adquirido durante o evento em nossos projetos, desenvolvendo tecnologias que são tendências de mercado”, explicou o coordenador do CIM Tech, Álvaro Cozadi.

CIM

Coordenado pelo Assessor de Inovação e Empreendedorismo da UFLA e Diretor da Agência de Inovação do Café (InovaCafé), professor Luiz Gonzaga de Castro Júnior, o CIM foi criado em 2002 e é especializado em pesquisa, treinamento e prestação de serviços voltados às áreas de economia, contabilidade, finanças, inteligência competitiva, gestão de empresas, mercados de capitais, comercialização, marketing, negócios e cadeias produtivas.

Texto: Vanessa Trevisan – Assessoria de Comunicação da Agência de Inovação do Café (Inovacafé)